Ao diabo o polimento!
A minha alma está parva! E olhem, que se lixe... afinal quem é este Manuel Ribeiro? Que pasquim é este que permite a publicação de uma crónica destas?AS NOSSAS QUERIDAS PROFESSORAS
Não posso deixar de vir aqui publicamente expressar a minha profunda indignação pelo ataque que está a ser infligido às nossas queridas professoras, no sentido de as obrigar a cumprir o horário de trabalho.
Trata-se de enorme violência para as próprias, para os alunos, suas famílias e população em geral.
Sim, porque não são só as professoras que sofrem com esta despudorada medida, que lhes coarcta o legítimo direito a dar umas voltinhas pelo shopping para espairecer de terem de aturar a cambada de energúmenos que se sentam nas carteiras das salas de aula e lhes limitam fortemente a possibilidade de desenvolver acções de formação permanente mediante o visionamento na televisão de vários programas instrutivos e outros que espelham bem o sentir da sociedade em que nos inserimos, como é o caso das telenovelas e dos concursos onde os docentes iam actualizando os seus conhecimentos.
Aos alunos a medida também não agrada, já que o grau de irritação dos professores tende a aumentar exponencialmente, diminuindo o nível de tolerância às graçolas e aumentando a repressão que sobre eles se abate.
A população em geral tem também vindo a sofrer as consequências, já que não há família em Portugal que não tenha no seu seio uma prima ou uma tia pertencente à prestimosa classe docente que lhes seringa constantemente os ouvidos com a injustiça que sobre eles recaiu. Toda a gente sabe que a grande motivação para passar uma vida a aturar miúdos malcriados era a possibilidade de ter umas férias decentes e de não gastar mais do que meio dia nas aulas ficando com o resto do tempo por conta. Se querem agora obrigar os desgraçados a picar o ponto de sol a sol lá se vai o interesse da função.
Uma das grandes preocupações das professoras em relação a este novo regime que as obriga a ficarem na escola para além das aulas é não saberem muito bem como é que poderão ocupar aquelas horas, já que, como é óbvio, ninguém está interessado em usá-las a trabalhar, quanto mais não seja por pirraça e para chatear o ministério.
Para minorar a sua dor, posso dar aqui algumas sugestões para o melhor uso do tempo disponível. A actividade mais apropriada é a de curtirem com outros professores do sexo oposto, que também andam por ali sem saber o que fazer. As escolas são em geral pródigas em recantos escuros e salas vazias que propiciam o desenvolvimento da prática. O único óbice resulta do reduzido número de homens, pelo que a coisa só pode ser feita em regime rotativo ou fica reservada só para as mais dotadas, com exclusão dos camafeus e das que esgotaram o prazo de validade.
Uma outra actividade a que se podem dedicar é ao jogo da lerpa. Para além de ser de fácil aprendizagem, propícia um grau de excitação próximo da sugestão anterior com a vantagem de o sexo dos jogadores ser irrelevante. Para os que não são capazes de uma coisa nem de outra posso alvitrar umas sessões de espiritismo com uma roda de professoras efectivas à volta de uma mesa pé-de-galo, a estabelecerem comunicação com almas penadas vindas do além.
Manuel Ribeiro, Economista
in Notícias Magazine (JN, edição impressa de domingo, 23 de Abril de 2006)
Sim, sim, leram bem! Curioso é que o mesmo Jornal de Notícias que permitiu a publicação desta bosta, na sua secção "Desabafe Connosco" tenha bem visível nas regras de utilização do fórum os pontos 2 e 3 e que são, imaginem só:
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Pelo visto não é responsável também pelas crónicas ofensivas que publica. Nós não podemos ir lá desabafar e chamar "filho da puta" ao Senhor Manuel Ribeiro, mas podemos ser difamadas, caluniadas, ofendidas, podemos sofrer a maldade e os comentários e sugestões obscenos feitos pelo Senhor Manuel Ribeiro. E este jornaleco de merda ainda tem a coragem de me pedir "boa educação e civismo", de me exigir que não ofenda "pessoas ou entidades"?
Desculpem lá meus senhores... a partir do momento em que o Senhor Manuel Ribeiro se sente no direito de me sugerir "curtições" com colegas de trabalho, eu tenho o direito de lhe responder à letra e de lhe dizer que quero mais é que vá morrer longe. E que passe o resto da sua vida da mesma forma que até aqui, completamente a seco. Sim, porque isto só pode ser "excesso de falta"!
PS: Muito seriamente, isto num qualquer país europeu seria motivo mais que suficiente para levar o jornaleco a tribunal e exigir, no mínimo, o despedimento do senhor e um pedido público de desculpas a toda uma classe. Pelas alminhas, senhores, ontem celebrou-se o Dia da Europa e hoje só posso dizer que realmente somos dela apenas o esgoto!