Viagem no tempo...
Ora bem, no sonho matei uma pessoa empurrando-a de um farol para o vazio. Até aqui tudo bem, quero dizer, tudo mal porque isto de ser assassina tem os seus contras, principalmente se quem vai descobrir o que se passou são nada mais nada menos que os Famosos Cinco. Sim, é isso mesmo, a Zé, mais os primos e o Timmy... oh Zeus me valha, que isto não é normal!
Bem, serviu para recordar leituras da infância - cresci com a Anita (Martine no original francês) e o seu mundo tão perfeito. Como ela também eu era aventureira, amiga da natureza, adorava a escola, ajudava a mãe e queria um irmãozinho. Cliquem nas imagens para ver a página da Anita actual e uma viagem no tempo que mostra como ela se foi adaptando às novas gerações. É fantástico!
Os Famosos Cinco moldaram o meu gosto por tudo o que é misterioso e vivi com eles grandes aventuras. Ainda sonho com eles, pois! Cliquem nos meus preferidos para recordar...
Muito antes da série animada da história de Heidi e Pedro, já eu tinha lido os livros de Johanna Spyri. E muito antes do Pequeno Cid, a história de El Cid Campeador e a sua famosa espada Tizona já era minha conhecida, lida em espanhol como convêm a uma menina que queria aprender a falar outros idiomas.
Lembro-me de um livrito pequeno - História de um Cãozinho - do qual não recordo o autor mas que sempre me levava às lágrimas. E de um livro enorme de capa dura, Os Cisnes Selvagens. E outro com uma colecção de clássicos infantis. Pelos meus 12 anos comecei a ler literatura portuguesa, mas lembro-me de não ter muita paciência para as enormes descrições de Júlio Dinis. E depois, depois passei a autores como Irving Wallace - adorei O Prémio e Sábado à Noite, Domingo de Manhã - ou Heins Konsalik. Li também sobre a famosa Christianne F., alcoólica e drogada aos 13 anos, e o extraordinário Kinder vom Banhofzoo (Os Filhos da Droga). Algum tempo antes tinha descoberto através da Professora Maria José, uma estagiária cheia de sonhos, que tudo o que sentimos está na poesia. E nunca mais parei!
Tenho todos os meus livros, tantos que não os consigo arrumar nas estantes. Muitos dos da infância e adolescência estão guardados em caixotes no sótão. De vez em quando vou lá, mexo e remexo, lavo-me em lágrimas com a tal história do cãozinho e recordo o limoeiro e o grande tronco onde me sentava a ler... volto para casa, encho a Luna de mimos e sigo em frente :)