sexta-feira, abril 27, 2007

Mudanças


A mudança, seja ela qual for, é quase sempre difícil de aceitar. Não só pelo medo que nos causa o desconhecido, mas pela insegurança que produz perder o que nos é familiar.

No entanto, é necessária. Por vezes é mesmo inevitável. E pode ser muito agradável se mudamos para melhor, ou para o que pensamos possa ser melhor. Há sempre muitas dúvidas - será que vai correr bem, será que aqui me vou sentir em casa, será que vou gostar de me ver, será que me vou adaptar a esta situação, a este trabalho, a estas pessoas, a esta nova vida? Há o friozinho na barriga, o medo de falhar, de não ser capaz de dar conta do recado no novo emprego; há o desconforto inicial, os gestos já mecanizados que precisamos substituir, a reorganização do quotidiano, os ruídos e os cheiros estranhos na nova casa; há a aceitação e interiorização de modos de estar diferentes, de hábitos novos na nova cidade ou país; e tudo isto pode piorar se incluirmos relacionamentos pessoais. Por outro lado, há a novidade, o prazer da descoberta, o testar da nossa capacidade de nos reinventarmos num dia-a-dia que queremos cada vez melhor.

Acredito que só nos devemos arrepender do que não fazemos. Pior que suportar os resultados de uma má mudança, será viver para sempre sem saber como teria sido! O importante é tentar, é evoluir, é ambicionar ir mais longe, é não se acomodar no menos mau ou no mais ou menos. Importante mesmo é não parar no tempo porque a vida não se compadece daqueles que chegam atrasados.

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