Mais (des)Educação 2
Eu creio bem que esta história dos pais a avaliarem os professores tem sido empolada de modo a disfarçar outras questões bem mais preocupantes. Andam a lançar areia para os olhos do pessoal é o que é, com a conivência dos orgãos de comunicação social que, como sempre, apenas arejam o que é mais mediático...
Senão, vejam só:
Artº 111 da Proposta de Alteração do Regime Legal da Carreira do Pessoal Docente apresentada pelo Governo:
"1 – O exercício de funções docentes em estabelecimentos de educação ou de ensino públicos é feito em regime de exclusividade.
2 – O regime de exclusividade implica a renúncia ao exercício de quaisquer outras actividades ou funções de natureza profissional, públicas ou privadas, remuneradas ou não, salvo nos casos previstos nos números seguintes.
3 –É permitida a acumulação do exercício de funções docentes em estabelecimentos de educação ou de ensino públicos com:
a) Actividades de carácter ocasional que possam ser consideradas como complemento da actividade docente;
b) O exercício de funções docentes em outros estabelecimentos de educação ou de ensino."
Então e se eu quiser fazer trabalho voluntário numa qualquer instituição de carácter social? Será que posso ensinar inglês aos ursos do Jardim Zoológico, ou isso é uma actividade profissional? E se eu quiser pintar quadros, ou fazer colares e brincos de missangas? Será que posso depois vender essas minhas criações e continuar a ser professora ou estarei a violar o regime de exclusividade? Atenção que o artigo diz mesmo "públicas ou privadas, remuneradas ou não"...
Será que posso continuar a escrever no meu blog? Será que posso fazer o jantar, passar a ferro a roupa da família... isso deve ser permitido, ninguém acha que seja trabalho... ok, pessoal, estão safos, vão continuar a comer as sopinhas da mãe e a vestir t-shirts desenrugadas!
PS: Isto é impressão minha, ou há aqui uma tendência fascizante?
Vejam aqui como o (IN)Docentes desmonta a proposta de ECD de forma curta e clara (leiam tb os comentários pq vale a pena)... interessante, não é?
Mais (des)Educação
Quem me visita já deve ter percebido que sou professora. De Inglês. Há 22 anos. Por gosto e vocação. Porque há 22 anos atrás saí da Universidade Clássica de Lisboa e fui dar aulas na Escola C+S da ilustre vila de Arraiolos. Porque, se alguma dúvida tinha sobre a escolha profissional feita, esse primeiro ano de docência me convenceu que valia a pena enveredar pelo caminho, difícil mas compensador, da formação de jovens. E quando digo compensador não me refiro obviamente a remunerações, nem a ajudas de custo de qualquer espécie, porque todo o material que uso para exercer a minha profissão, desde a gasolina até à mais simples folha de papel, me sai do bolso.
Como professora progredi na carreira. Tal como todos os meus colegas. Não por mérito, que esse nunca o vi avaliado, mas por anos de serviço prestado. Não subi nem mais nem menos que outros. É assim o actual sistema de progressão. E devo dizer que, muitas vezes, me senti injustiçada. Trabalhar muito, preocupar-me muito, ter alunos que conseguiam classificações excelentes em exames nacionais, dar aulas extra que ninguém me pagava, estar disponível para acompanhar os alunos sempre que estes o solicitassem, apresentar materais interessantes, ter uma boa (eu diria mesmo excelente!) relação com os meus alunos e com os seus Encarregados de Educação, cumprir programas, empenhar-me como directora de turma, chegar a ir a casa dos Encarregados de Educação que não iam à escola... nada disso me deu uma subida mais rápida ou demorou a subida de outros que não fizeram o que eu fiz. Na classe docente há incompetentes como em todas as outras classes. Subiram, tal como eu, e isso é injusto.
Só posso, então, alegrar-me com uma avaliação séria do desempenho dos professores. Resta saber o que se entende por avaliação séria.
A opinião pública está neste momento dividida com esta novidade extraordinária da avaliação de professores poder vir a ser feita também pelos Encarregados de Educação. Eu digo que esta nem é a questão que mais me preocupa na proposta de alteração do Estatuto da Carreira Docente. Muito menos me preocupa prestar provas para avaliar o meu conhecimento científico ou pedagógico, embora nunca tenha visto um médico, um administrador de empresa, ou um senhor ministro, a fazer tal coisa. (Coragem política seria obrigar os senhores que levam para casa milhares de euros do erário público em salários e reformas principescas a prestar provas sobre a sua real capacidade! Pois, mas isto é apenas um desabafo.) Esta é apenas a ponta do iceberg! Uma ponta, já de si meio anedótica, num país onde as escolas são entendidas como meros depósitos de crianças. Num país onde as crianças que temos são o fruto natural das famílias e da cultura de desresponsabilização que temos. Como é possível que os pais de um país onde grassa a iliteracia, onde as reuniões com encarregados de educação são o deserto que qualquer director de turma bem conhece, onde tantos se demitem da sua responsabilidade na educação dos filhos e tentam compensar a sua ausência com excesso de indulgência, onde a inveja mesquinha e o gosto pela aparência constitui a base das relações interpessoais no trabalho e na sociedade, sejam agora co-responsáveis pela avaliação de um profissional cujo desempenho conhecem apenas depois de filtrado pela opinião de uma criança?
Não estou a ser arrogante... estou apenas a constatar factos incontornáveis. Este ano, pela primeira vez na minha vida profissional estou a ter problemas de relacionamento com alunos das minhas turmas. A prová-lo está o meu carro, por exemplo, que tem riscos de uma ponta à outra que já nem conto. Imagino a opinião que os pais desses alunos terão sobre mim. Imagino como avaliam o cumprimento de um programa (que desconhecem!) quando os filhos fazem aviõezinhos com as fichas de trabalho que lhes preparo. Depois de 22 anos de ensino sem qualquer espécie de problema disciplinar, tenho enfrentado este ano toda a sorte de situações provocadas por crianças entre os 12 e os 15 anos. E não estou a falar de conversa nas aulas, falo de crianças que escrevem coisas como "és uma p***, queres é car****. odeio-te" e outros mimos semelhantes nos comentários de um blog que criei para os ajudar a estudar inglês num suporte que reconhecidamente lhes é agradável. São os pais destes alunos que vão avaliar o meu desempenho? Ok, sejam... não é o único elemento da minha avaliação. E por isso digo que não é o que mais me preocupa.
Eu li, e compreendo os meus colegas que dizem estar na disposição de não reprovar nem mais um aluno. Se me é permitido brincar um bocadinho com a delicadeza do momento, assim acabamos definitivamente com o insucesso escolar. Às tantas até podemos alargar as sugestões maravilhosas feitas à classe docente feminina pelo Economista Manuel Ribeiro e começar a fazer sessões de strip-tease (falo para as colegas que ainda não pertencem à categoria de estafermos, claro!), ou passamos a dar aulas práticas de Educação Sexual (no meu caso, em Inglês!...) ou de Técnicas de Engate no Messenger, ou ainda de Moranguices Aplicadas, e acabamos de vez, também, com o absentismo dos alunos. Para melhorar o desempenho talvez se possa arranjar uma ou outra acção de formação contínua ministrada por alguma senhora que reconhecidamente tenha progredido numa ou outra empresa privada, na horizontal, como é óbvio, porque certamente é agora que o compadrio e os favores a alguns se vão fazer sentir também entre os professores. Como já li por aí nos comentários às notícias, o hábito de oferecer um presentinho à professora que a certa altura considerámos indignante, poderá agora ser reavivado, mas ao contrário... seremos nós, agora, a trazer o presuntinho lá da terra para oferecer aos Encarregados de Educação e outros avaliadores mais difíceis de contentar. E enquanto for só o presunto...
PS: Farão o favor de perdoar o humor duvidoso das últimas observações, não passa de pura angústia, puro desencantamento :(
Boa semana...
para todos! Sei que já é 3ª, mas ontem estava muito calor para blogar ;)
Realmente o aquecimento global é um facto, isto são lá temperaturas que se apresentem ainda em Maio :/!!??
Por outro lado, ainda estou a digerir as últimas novidades em matéria de Educação e Estatuto da Carreira Docente... mais logo talvez me anime a comentar mais esta anedota made in ME. Sim, porque aquilo não lembrava nem ao melhor humorista!
Ok, fiquem bem. Vou trabalhar porque senão a Milú despede-me... ehehe, ou ela ou os pais dos meus alunos!
Eis a prova!
Tristeza
Ontem deitei-me cedo... a semana que passou foi complicada para mim, muito trabalho, algumas angústias, falta de tempo. Nem o correio tive tempo de ver.
Hoje cai-me tudo em cima! Há dias que mais valia não amanhecerem.
URL not found... hã!? que é isto? seria isto que vinha no e-mail do Pedro Efe? ...??... oh, Pedro, olha só! Que raio te passou pela cabeça para apagares o blog? Tu sabes que eu nem sempre ia visitar-te, ultimamente nem apareço no Messenger, mas de vez em quando sabia-me bem passar pelo teu lado esquerdo e ler as tuas histórias, os teus dias em família, saber das tuas crias, do cão e do gato, dos teus cozinhados, do sentir desse teu lado esquerdo tão bonito. Foi o meu lado esquerdo que me levou até ti e esta blogosfera ficou menos rica. Agora, não há link para juntar ao teu nome.
Note to Self: 2ª feira tenho que abrir o Messenger porque, de repente, deu-me uma saudade enorme de falar contigo.
Bem, vamos lá ver o que anda este pessoal a escrever... Gotinha, Jacky... xiça, tenho que actualizar os links na barra lateral, favoritos - Fraternidade... deixa ver o que diz o meu amigo Fernando, escreve tanto, só pra ele é meia hora de certeza... vou primeiro à River... Caracolinha... Sonia, foi ver os Placebo, pois, que inveja, e eu aqui!
Sabes Fernando, parecia querer parar o tempo e não ter de ler o que li. Às vezes parece que o coração adivinha e retardamos o momento de receber certas notícias. Acabei por abrir o Fraternidade, preparada para te ler e comentar, porque hoje até tenho um pouco mais de tempo. Mas encontrei apenas um "continua", um girassol colocado ali no dia em que a minha mãe faria 67 anos se ainda estivesse entre nós. E muitas mensagens dos muitos amigos que tens, porque os homens como tu deixam a sua marca de forma indelével em tudo o que tocam.
Jantámos juntos duas vezes, e numa delas ofereceste-me um pequeno mago, do Merlim para a menina da caixinha, que continua ali, na estante por cima do pc, a olhar por mim com o seu feitiço de pai protector. Tinhas um abraço caloroso, a ternura de quem já viveu tanto, a raiva incontida de quem não consegue conformar-se com a injustiça.
Como disse o nosso amigo OrCa, continuas aí, não é? Continuas a tua vida nas nossas vidas. Não poderia ser de outro modo.
Até já, um beijo na testa, e bom sono!
"Lado Esquerdo" - Clã
Sobre a música
A música é provavelmente a mais bela das artes. Pelo menos para mim. Viveria menos sem ela, teria menos recordações, seria certamente uma pessoa mais cinzenta! Por isso há sempre música neste meu espaço e nem poderia ser de outro modo.
Costumo associar músicas às pessoas importantes na minha vida, a momentos bons ou maus que vivi, muitas vezes ouço na minha cabeça a música que se adapta à situação que estou a passar.
Por vezes gosto de uma música porque a letra me diz alguma coisa, outras, menos frequentes, é apenas a sonoridade. Gosto de sons menos comuns, vozes que marcam a diferença.
Acho que é por isso mesmo, pela voz tão especial do Brian Molko, que gosto muito de Placebo. Estão amanhã no SBSRxl, e eu não vou poder ir :(
É dos Placebo uma das love songs que mais gosto, talvez logo a seguir ao Wish You Were Here dos Pink Floyd... há sons e palavras que nunca passam de moda, são momentos de inspiração pura e intemporal. Aqui fica Without You I'm Nothing, homenagem a uma das minhas bandas preferidas, e digam lá que não tenho razão!?
Without You I'm Nothing
by Placebo
PS: Esta homenagem é também a
ti, meu amor grande.
Eu quero o fim de semana!
E hoje ainda é só quinta-feira...
Tapete para rato
;)) esta é uma ideia bem original!
Até parece...
que não tenho mais nada que fazer!
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O rapaz dos Bush
Chama-se Gavin Rossdale e é o dedicado esposo da extraordinária Gwen Stefani. Esta é uma relação de vários anos e esperam o primeiro filho em Junho. Gavin nasceu em 1967, a 30 de Outubro, um Escorpiãozinho, portanto!
A sua adolescência foi marcada pelo movimento punk, mas a irmã ensinou-o a gostar de bandas como os Pixies e incentivou-lhe o génio criativo. Os Bush surgem de um encontro com Nigel Pulsford em 1992. Em 94 conseguem o seu primeiro contrato discográfico e em 95 já estão na estrada a promover o primeiro album Sixteen Stone, que ganhou vários discos de platina e tornou os Bush numa das bandas Britânicas de maior sucesso nos EUA. Seguem-se mais 3 albuns e em cada lançamento Gavin, apesar de acusado de ser apenas uma cópia menor de Kurt Cobain dos Nirvana, mostrava a sua enorme evolução como músico compositor. Em 2002 Gavin edita o seu primeiro trabalho a solo, Adrenaline, que não tendo grande sucesso, consegue superar o último dos Bush, que eventualmente terminam pouco depois. Gavin continua, apoiado pela banda Institute. Mas o talento de Gavin Rossdale não fica pela música. No seu curriculo constam participações em vários filmes, incluindo Constantine com Keanu Reeves, desfiles de moda, e até trabalhos como assistente de produção, num momento pré-Bush, quando viveu em Los Angeles.
Dos Bush, saliento a extraordinária Letting The Cables Sleep, uma das minhas favoritas de há muitos anos. Mas também as belíssimas The Chemicals Between Us e Swallowed. Ou a Inflatable que podem ouvir um bocadinho mais abaixo num post anterior.
Letting The Cables Sleep
By Bush
The Chemicals Between Us
By Bush
Swallowed
By Bush
PS: Este é um post dedicado à minha bit-amiga fresquinha, que ontem ficou agarrada ao pc a ver e ouvir o rapazito. Aqui fica, linda, todo pra ti :)
E já agora... a Luxúria!
Que haiku da Jacky es tu? (in Portuguese)
Que giro!
E não é que é mesmo assim que dormimos :)
Find your own pose!
Parece que "... o posicionamento correcto pode parecer fácil de conseguir, mas esta posição é muito mais que dois corpos enrolados frente com costas. É raro o casal que consegue recriar o conforto, segurança e concordância emocional que esta posição exige... a posição é sinal de um par bem equilibrado e muito semelhante entre si."
Eu chamo-lhe "cadeirinha" e adoro dormir assim! Aliás, adoro dormir com ele, é assim uma sensação de segurança muito boa :)
O Nosso Príncipezinho
Ainda se lembram dele? É o meu afilhado Fábio... olhem só que carinha linda!
Mais uma semana
E já se foi mais uma segunda feira!
Tenho testes para fazer e para corrigir... estou até ao pescoço em trabalho. Acho que já mandava um fax a alguém!
Cheguei há bocadinho a casa, e não tenho vontade de nada depois de um dia tão longo. Mas o que tem de ser tem realmente muita força.
Lá vou eu... fiquem bem, boa semana e cuidem-se muito!
Solidão
Em certos momentos da vida ser filha única significa não ter ninguém que entenda exactamente o que estamos a viver. Já senti esta solidão profunda antes. Daria qualquer coisa para não voltar a passar pelo mesmo.
E ainda há pouco o domingo era cheio de sol :(
PS: Vou cumprir a promessa... hoje é o primeiro dia do resto da minha vida sem cigarros. Não te esqueças da tua, pai!
Boas notícias :)
A nossa amiga Lara já está em casa desde ontem. A operação foi um sucesso e prepara-se agora para novos passos. É bonito ler a solidariedade e o carinho de tantos que foram deixar-lhe uma palavra de apoio. Nem se esperava outra coisa. São assim os bit-afectos :)
Bom fim de semana!
And the Oscar goes to...
Opá, eu a fazer filmes sou um espectáculo :PLetss luk et a treila, fáxavor, eheh!
Sinto-me estúpida...
...
é tão mais necessário divulgar o amor, a coragem.Sem lamechices, apenas por solidariedade, sigam os links e vão até lá dar uma palavra de força a esta Mulher, e através dela a tantas outras que estão na mesma situação.PS: É bem mais importante que ler a porcaria do post anterior :/
Ao diabo o polimento!
A minha alma está parva! E olhem, que se lixe... afinal quem é este Manuel Ribeiro? Que pasquim é este que permite a publicação de uma crónica destas? AS NOSSAS QUERIDAS PROFESSORAS
Não posso deixar de vir aqui publicamente expressar a minha profunda indignação pelo ataque que está a ser infligido às nossas queridas professoras, no sentido de as obrigar a cumprir o horário de trabalho.
Trata-se de enorme violência para as próprias, para os alunos, suas famílias e população em geral.
Sim, porque não são só as professoras que sofrem com esta despudorada medida, que lhes coarcta o legítimo direito a dar umas voltinhas pelo shopping para espairecer de terem de aturar a cambada de energúmenos que se sentam nas carteiras das salas de aula e lhes limitam fortemente a possibilidade de desenvolver acções de formação permanente mediante o visionamento na televisão de vários programas instrutivos e outros que espelham bem o sentir da sociedade em que nos inserimos, como é o caso das telenovelas e dos concursos onde os docentes iam actualizando os seus conhecimentos.
Aos alunos a medida também não agrada, já que o grau de irritação dos professores tende a aumentar exponencialmente, diminuindo o nível de tolerância às graçolas e aumentando a repressão que sobre eles se abate.
A população em geral tem também vindo a sofrer as consequências, já que não há família em Portugal que não tenha no seu seio uma prima ou uma tia pertencente à prestimosa classe docente que lhes seringa constantemente os ouvidos com a injustiça que sobre eles recaiu. Toda a gente sabe que a grande motivação para passar uma vida a aturar miúdos malcriados era a possibilidade de ter umas férias decentes e de não gastar mais do que meio dia nas aulas ficando com o resto do tempo por conta. Se querem agora obrigar os desgraçados a picar o ponto de sol a sol lá se vai o interesse da função.
Uma das grandes preocupações das professoras em relação a este novo regime que as obriga a ficarem na escola para além das aulas é não saberem muito bem como é que poderão ocupar aquelas horas, já que, como é óbvio, ninguém está interessado em usá-las a trabalhar, quanto mais não seja por pirraça e para chatear o ministério.
Para minorar a sua dor, posso dar aqui algumas sugestões para o melhor uso do tempo disponível. A actividade mais apropriada é a de curtirem com outros professores do sexo oposto, que também andam por ali sem saber o que fazer. As escolas são em geral pródigas em recantos escuros e salas vazias que propiciam o desenvolvimento da prática. O único óbice resulta do reduzido número de homens, pelo que a coisa só pode ser feita em regime rotativo ou fica reservada só para as mais dotadas, com exclusão dos camafeus e das que esgotaram o prazo de validade.
Uma outra actividade a que se podem dedicar é ao jogo da lerpa. Para além de ser de fácil aprendizagem, propícia um grau de excitação próximo da sugestão anterior com a vantagem de o sexo dos jogadores ser irrelevante. Para os que não são capazes de uma coisa nem de outra posso alvitrar umas sessões de espiritismo com uma roda de professoras efectivas à volta de uma mesa pé-de-galo, a estabelecerem comunicação com almas penadas vindas do além.
Manuel Ribeiro, Economista
in Notícias Magazine (JN, edição impressa de domingo, 23 de Abril de 2006)
Sim, sim, leram bem! Curioso é que o mesmo Jornal de Notícias que permitiu a publicação desta bosta, na sua secção "Desabafe Connosco" tenha bem visível nas regras de utilização do fórum os pontos 2 e 3 e que são, imaginem só:
2. RESPONSABILIZAÇÃO DO UTILIZADOR: O utilizador identificado como o autor de uma mensagem é o único responsável pelos conteúdos publicados nessa mensagem. Qualquer informação é da única responsabilidade do utilizador que colocou a mensagem.
3. RESPONSABILIZAÇÃO DO JN: O JN não controla de forma exaustiva os conteúdos disponibilizados pelos utilizadores e, por isso, não garante a sua correcção, qualidade, integridade, precisão ou veracidade. O JN não é responsável pela conduta difamatória, ofensiva ou ilegal dos utilizadores dos fóruns. O JN reserva-se o direito de apenas publicar mensagens cuja finalidade visam a promoção do debate e discussão dos temas em concreto. O JN reserva-se ao direito de retirar qualquer mensagem que contrarie as regras que defendemos para o bom funcionamento destes fóruns, nomeadamente as que contenham comentários obscenos, maldosos, assediantes, difamatórios, prejudiciais, ameaçadores, caluniosos, ofensivos, ilegais, racistas, publicitários e invasivos da privacidade de terceiros.
Pelo visto não é responsável também pelas crónicas ofensivas que publica. Nós não podemos ir lá desabafar e chamar "filho da puta" ao Senhor Manuel Ribeiro, mas podemos ser difamadas, caluniadas, ofendidas, podemos sofrer a maldade e os comentários e sugestões obscenos feitos pelo Senhor Manuel Ribeiro. E este jornaleco de merda ainda tem a coragem de me pedir "boa educação e civismo", de me exigir que não ofenda "pessoas ou entidades"?
Desculpem lá meus senhores... a partir do momento em que o Senhor Manuel Ribeiro se sente no direito de me sugerir "curtições" com colegas de trabalho, eu tenho o direito de lhe responder à letra e de lhe dizer que quero mais é que vá morrer longe. E que passe o resto da sua vida da mesma forma que até aqui, completamente a seco. Sim, porque isto só pode ser "excesso de falta"!
PS: Muito seriamente, isto num qualquer país europeu seria motivo mais que suficiente para levar o jornaleco a tribunal e exigir, no mínimo, o despedimento do senhor e um pedido público de desculpas a toda uma classe. Pelas alminhas, senhores, ontem celebrou-se o Dia da Europa e hoje só posso dizer que realmente somos dela apenas o esgoto!
Dia da Europa
A esperança é a última a morrer, embora eu esteja convencida que Portugal perdeu de vez o comboio para esta Europa. Não comprámos bilhete e gastámos o dinheiro em brincadeiras que nos saem caras todos os dias. E a pé parece-me muito difícil chegar lá!
Entretanto, na pesquisa de imagens do Google eu fico com o Lotus, ok!?
Olha quem eles são!
É bem! Gostei do resultado... não são uma das minhas bandas favoritas, mas gosto e ouve-se bem, sim, Sr. Robert Smith!
Lullaby - The Cure
PS: Entretanto fiquei contente com a vinda dos The Cult ao SBSRxl... esses sim, sempre painted on my heart! Que boas recordações :))
Publicidade
Para começar bem a semana vejam só que sugestões fantásticas, exclusivos EUHEIN para quem procura soluções à medida:
Para quem não quer ser apanhado pelo chefe durante certas tarefas verdadeiramente árduas.
Para as que já não aguentam as manias deles!
E para eles também. Não quero cá queixas de discriminação!
Isto é o verdadeiro serviço público ;)
Boa semana para todos!
Dia da Mãe
"Mariazinha! Onde estás, Mariazinha?"
"Olha, tu não me chames Mariazinha, ouviste!?"
"Porquê? Eu gosto do teu nome..."
"Eu sei, eu também gosto. Mas para ti sou muito mais que a Mariazinha alguma vez será. Sou tua mãe!"
E ficaste meio ofendida...
Nunca mais me atrevi a chamar-te pelo nome. Era a condição mais importante que existia para ti e nos teus olhos brilhava o orgulho de ser mãe. E mesmo nos piores momentos da tua vida, nunca deixaste de o ser.Tenho saudades tuas, mãe!
Apetece mar...
Com este calorzinho já apetece o mar. Bom fim de semana :)
Hold Still - David Fonseca
Pele? Eu tenho a minha, obrigada!
Já conhecia as atrocidades cometidas contra seres vivos na indústria das peles. Já tinha visto várias campanhas. Até já tinha publicado no Pandora's Box, e a pedido da Rakel, um post sobre este assunto. Não sou fundamentalista em nada na minha vida, ainda como carne, e penso que não é errado criar algumas espécies que fazem parte da alimentação humana exclusivamente para abate.
No entanto, compreendo quem se revolta contra as condições de cria e abate porque são, na maior parte dos casos, simplesmente cruéis. E no caso das peles, a crueldade aliada à ganância apenas serve a futilidade. Não há nada que justifique o crime. Agora até cães e gatos são esfolados vivos para que monstros com rosto humano exibam o casaco da moda.
E ao olhar a minha Luna que dormia enroscadinha no sofá, uma bolinha de pelo sedoso e brilhante protegida de todos os males, chorei de raiva contra os que continuam a alimentar esta atrocidade comprando peles verdadeiras.
Visitem o site da AcçãoAnimal, vejam as campanhas. E divulguem!
Lavender - Marillion
Dia Mundial do Abraço
O passado dia 28 foi Dia Mundial do Abraço. Tudo bem, há dias para tudo, porque não dia do abraço, do beijo, da piscadela de olho, até da queca? Cá para mim, façam favor, estejam à vontade! Não é por aí que vem algum mal ao mundo :)
Curiosa foi a celebração deste Dia do Abraço em Nottingham, Inglaterra: os cidadãos foram convidados a abraçar desconhecidos durante 15 minutos, como ensaio de um grande abraço colectivo entre todos os participantes, ao som de Bach e em nome da arte. Um 'cadito exagerado, não?
Oh não...
... a Britney não, por favor! Descaradamente roubado à Gotinha.